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Caçador de Almas

Histórias da Fotografia de Almas pelo olhar e palavras de um nómada recoletor de Retratos.


Sejam bem-vindos!


Aqui vou falar de fotografia, especialmente da de almas. Também da vida quotidiana com ênfase nas histórias que recolho (ou que já guardei) associadas a tantos retratos que na rua encontro. Ainda sobre o que se me aflorar ao espírito desde que suficientemente interessante ou relevante para merecer ser partilhado convosco.

Fui jornalista durante doze anos. Copywriter durante outros tantos. Conheci protagonistas de histórias de vida riquíssimas. Surpreendentes. Únicas. Recolhi-as com um papel e uma caneta. Outras vezes, com um gravador, fosse ele de fita ou tão só feito de células de memória. Transcrevi-as. Publiquei-as. Umas quantas ficaram comigo e com os seus autores, apegadas à pele e à alma sem qualquer transcrição física de partilha ou que tenha permitido leitura alheia. Talvez as tenha tomado para mim. Talvez tenha sido tomado por elas. De forma menos hesitante sinto que parte dessas histórias fazem agora parte da minha vida, da minha experiência, como se tivesse vivido na primeira pessoa o que apenas através dos olhos de terceiros algumas vezes fiz.

Em 2019, comecei a fazer retratos de rua. Apaixonei-me desde então e em crescendo por “caçar almas”, por recolher fotograficamente rostos que contam histórias. Um bom retrato nunca se deixa amordaçar por um suporte estático, pelo contrário: tem movimento e entra em diálogo com cada um que o observe com atenção, de ser humano para ser humano, olhos nos olhos, descaradamente, sem palavras proibidas ou temores.

A minha paixão por fotografia, tal como as que desde sempre sinto por desenhar, pintar, tocar ou escrever, vem de criança. E quanto mais a consumo mais ela de mim se alimenta. Tem corpo de vício, canto de sereia e roupagem de crescente dependência. E ao fazer uma retrospetiva, não consigo deixar de pensar: O que têm em comum os retratos com alma, no meu presente, e o jornalismo, no meu passado? O que sobre mim revelam? Uma única e mesmíssima característica: a de que sou terrível e inveteradamente fascinado por uma boa história! Obrigado por me acompanharem nesta jornada que espero que vos inspire e, nessa medida, mereça a vossa atenção. Participem, comentem e proponham temas. Este não é apenas o espaço de um nómada recolector de imagens e de histórias, a quem já chamaram “caçador de almas”, é ele também o vosso espaço. Dele tirem proveito sem pudor. Nuno Duarte.

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